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quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Ordo Ab Chao

“No princípio, criou Deus os céus e a terra. A terra, porém, estava sem forma e vazia; havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as águas. Disse Deus: Haja luz; e houve luz”. (Gênesis, 1:1-3).
Como poderia ser? As sombras não partem da luz. O fogo não parte da água. Como pode algo surgir ou ser criado a partir de seu oposto? Ora, os opostos se atraem e se cancelam mutuamente. Então, não. A Ordem não pode vir através do Caos. A não ser por um milagre…

A Terra estava sem forma e vazia e havia trevas sobre a face do abismo. A primeira parte da criação já havia sido realizada: a criação do universo. No entanto, em se tratando da história da raça humana, esse livro, como muitos de outras tantas religiões, começa a partir da criação da vida neste mundo. A Terra estava sem forma.
Ou seja, o plano material não tinha organização, não estava submetido às Leis Cósmicas. As trevas podem significar tanto a ausência do Astro que permitiu a vida nesse planeta como as trevas da ignorância que nos separavam da existência do Divino. O Espírito de Deus pairava sobre os Oceanos do Não Manifesto, a não matéria dos metafísicos, o Potencial Criador, a argila de Deus. Então, Ele lança Sua Luz no mundo e começa Seu trabalho: arquitetar e construir o Templo de Sua Criação.
Organizando o Não Manifesto, que é o Caos por essência, Ele cria as primeiras partículas que darão origem a átomos, dispersos, desconexos. Átomos que formarão moléculas, substâncias, matéria. Moléculas que formarão células, tecidos, órgãos, organismos. Vontade e verbo, que formarão almas, que encarnarão espíritos nos corpos.
Então, sim, O Grande Criador é capaz de conseguir a Ordem a partir do Caos.
No entanto estamos falando de um lema criado por homens para uma associação de homens. A que ela remeteria? A um objetivo inalcançável? À blasfêmia de equiparar-se a Deus? Certamente, não.
Os novos conceitos da Química, da Matemática e da Física dizem que “tudo tende para o Caos”. Por mais desencorajadora, aterradora e cruel pareça essa sentença, ela é um fato nas equações, nos laboratórios, na natureza, na vida. Tarefa ainda mais difícil, então a de cumprir com o lema. O trabalho de um dia seria desfeito segundos, horas, meses ou séculos depois.

Nos T.’., o M.’.Cer.’. nomeia os cargos da L.’., dando a cada Obr.’. sua alfaia, como que se fazendo valer do Verbo ao ordenar cada planeta em sua órbita, cada átomo em sua posição na molécula. Ele nomeia um a um para que a L.’.esteja composta, aguardando as ordens para iniciar mais um dia, como no primeiro dia em que Deus fez Luz.
Se o T.’. é a representação deste Plano, se cada Sessão é a representação da Vida a cada dia, então façamos valer a vontade que o Criador nos delegou de fazer prevalecer a Ordem sobre o Caos. Deus nos fez à Sua imagem e semelhança, como parte de Si, como deuses que somos. Então, podemos também impor nossa vontade sobre o Caos e criar Ordem. Em sua infinita sabedoria, ele fez com que sua criação definhasse constantemente para o Caos para que nós, seus fiéis arquitetos, nos mantivéssemos em constante alerta, tendo sempre algo a aprimorar e regenerar.
Não fosse pela degeneração das moléculas que compõem o DNA de uma célula, pela desestruturação “espontânea” de seus átomos, não procuraríamos a cura para o câncer. Não fosse pelo constante retroceder na evolução humana, pela ganância, vaidade, fanatismo, não praticaríamos a caridade, a modéstia e a tolerância. Não fosse pelas constantes tentações de nos desvirtuarmos do que é correto, não seríamos chamados dia a dia a desbastar as asperezas e polir a P.’. B.’..
Ordem a partir do Caos significa, em última análise, Evolução. Seria muito fácil encarnarmos com todas as qualidades e virtudes e fazer um esforço mínimo para mantê-las. Jamais evoluiríamos, jamais nos tornaríamos de novo Um com o Indivisível.
Ao contrário, devemos buscar nos nossos defeitos os motivos para fazer brilhar a Luz. Como a lótus que nasce da podridão dos pântanos, ergamos das masmorras de nossos vícios os templos às nossas virtudes, sempre vigilantes ao Caos que nos rodeia. Façamos valer o aprimoramento constante frente a inexorável degeneração do todo.
Fiat voluntas Dei: Ordo ab Chao.

Redigido pelo Irm.'.Mario Guanaes Simões Filho • Liberdade, Dever e Poder Nº 631
S.’.L.’.R.’. A GLESP

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Palestra sobre Maçonaria e Espiritismo proferida pelo Orador Espírita Divaldo Pereira Franco

 Divaldo Pereira Franco fala sobre a Maçonaria e Espiritismo… Bastante interessante. Clique na imagem para ouvir.

 

Obs – Importante lembrar a todos que a Maçonaria não é uma religião no sentido de ser uma seita, mas é um culto que une homens de bons costumes. A Maçonaria não promove nenhum dogma que deve ser aceito taticamente por todos, mas inculta nos homens a prática da virtude, não oferecendo panacéias para a redenção de pecados. Seu credo religioso consiste apenas em dois artigos de fé que não foram inventados por homens, mas que se encontram neles institivamente desde os mais remotos tempos da história: A existência de Deus e a Imortalidade da Alma que tem como corolário a Irmandade dos Homens sob a Paternidade de Deus.


M.'.I.'.C.'.T.'.M.'.R.'.